(Paris) O ministro dos Negócios Estrangeiros francês anunciou, quarta-feira, que os europeus querem promover a “estratégia Helsínquia 2” de distensão para a segurança do continente, em contraste com o bloco “Yalta 2” contra o bloco que os russos estão a tentar Obrigar. Jean-Yves Le Drian.
Postado às 15h04
“A Rússia propôs fundamentos muito semelhantes a um retorno ao status quo anterior a 1975, ou seja, a fórmula Yalta 2 realmente leva ao ressurgimento de blocos e esferas de influência”, disse ele em entrevista à AFP.
“As diretrizes propostas negam a alguns países a liberdade de escolha e sua soberania para aderir a alianças”, acrescentou.
Blocos orientais e ocidentais, zona tampão
A Rússia está exigindo garantias de segurança dos Estados Unidos e da OTAN com o objetivo de reconstruir sua esfera de influência na antiga União Soviética e restabelecer uma zona tampão entre a aliança e seus territórios na Europa Oriental e Oriental.
Moscou está exigindo em particular o compromisso da OTAN de interromper qualquer expansão para o leste, particularmente na Ucrânia, e reduzir sua presença militar nos novos estados membros da aliança, dos estados bálticos à Romênia.
“Para nós isso é inaceitável”, atacou o chefe da diplomacia francesa, que garante seu país desde 1está sendo Janeiro presidência rotativa da União Europeia, em coordenação com os Estados Unidos e outros estados membros da OTAN.
Esta seria uma nova divisão da Europa como foi registrado nas conferências de Yalta e Potsdam em 1945 entre os Estados Unidos e a União Soviética, as duas potências vitoriosas na Segunda Guerra Mundial.
“Diante da estratégia que pretende promover Yalta II, devemos desenvolver uma estratégia que pretenda promover Helsínquia II, em linha com os compromissos assumidos em 1975 por todos os signatários dos Acordos de Helsínquia, incluindo a União Soviética em França. a Carta de Paris de 1990”, acrescentou Jean-Yves Le Drian.
Esses acordos, assinados no final da Conferência de Helsinque sobre Segurança e Cooperação na Europa, cimentaram a détente entre ocidentais e soviéticos após décadas de Guerra Fria, garantindo a santidade das fronteiras e permitindo uma maior circulação de pessoas e ideias.
Relax 2.0 ou Guerra Fria 2.0?
O Pacto de Paris para a Segurança Europeia, fundado com base nos Acordos de Helsínquia, ratificou o fim da Guerra Fria após a reunificação alemã em 1990 e a queda dos regimes comunistas.
Na quinta e sexta-feira em uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE em Brest, os europeus devem parar sua posição após a semana de intensa diplomacia entre americanos, russos, OTAN e a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Jean-Yves Le Drian insistiu, tanto dentro da aliança quanto da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, que eles “tome seu lugar” no diálogo com a Rússia.
“O fato de os Estados Unidos nos consultarem antes de seu encontro com os russos na segunda-feira em Genebra e depois deste primeiro encontro é um sinal positivo. Esse diálogo deve continuar”, acrescentou.
Também enunciou uma iminente retomada das discussões do Grupo Normandia (Alemanha, França, Rússia e Ucrânia) para resolver o conflito ucraniano que deixou mais de 13.000 mortos desde o início do conflito entre Kiev e separatistas pró-Rússia. no leste. do país.
“Vejo sinais de uma possível recuperação”, disse ele após uma visita conjunta de assessores diplomáticos ao presidente francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Olaf Scholz a Moscou e depois a Kiev.
A Rússia evita há vários meses essa forma de discussão, que visa implementar os Acordos de Paz de Minsk (2015) e se refere à primeira reunião dos líderes dos quatro países em 2014 na Normandia (oeste da França).
Jean-Yves Le Drian enfatizou que em todos esses fóruns, incluindo a OSCE, onde a reunião de quinta-feira será realizada sob a presidência polonesa, “os europeus estão manobrando para defender seus próprios interesses de segurança”.