Enfermeiros portugueses procuram um novo El Dorado
Desde o início da pandemia, mais de 2.000 cuidadores, que são notórios e mal pagos em Portugal, solicitaram a migração. Entre os países que destacam, a Suíça sai em primeiro lugar.
Noutra vida, João Felipe Pereira, de 32 anos, vivia na sua casa em Aveiro. Uma cidade na costa atlântica, foi apelidada de “Veneza Portuguesa” por seus canais coloridos e barcos Moleseros. O dia-a-dia de João era colorido, ela menos. Todos os dias, o enfermeiro tinha de pegar no volante para ir – mais sessenta quilómetros – ao CHU de Coimbra, onde atava os contratos. “Às vezes, de guarda, fazia a viagem três vezes, 180 terminais por dia.”
“Foi a minha instabilidade e o facto de os enfermeiros não serem apreciados em Portugal que me fizeram sair.”