Pedro Passos Coelho criticou duramente o governo socialista numa intervenção que abordou temas quentes da actualidade política, como a situação na TAP ou a morte de um cidadão ucraniano nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Em uma conferência que marcou o 150º aniversário do nascimento de Alfredo da Silva, o ex-primeiro-ministro acusou o governo de facilitar as políticas educacionais. “O que aconteceu, por exemplo, com os resultados do programa TIMMS, que avalia habilidades em ciências e matemática para alunos que concluíram o primeiro ciclo do ensino básico, é uma dessas fugas de responsabilidades infelizes”. Passos Coelho alerta que “estas políticas educacionais vão prejudicar gravemente a formação dos jovens portugueses”.
O ex-comandante do PSD considera “o bode expiatório também um bode expiatório notável” no caso do SEF. Bassus acusa o governo de “inação incompreensível” há nove meses.
O ex-primeiro-ministro também classificou o caso da TAP como “indicativo da leveza insustentável da falta de responsabilidade pública na gestão do interesse coletivo”, apontando o dedo aos bilhões que seriam injetados na empresa que vão além do investimento em saúde.
Depois de muitas críticas ao governo de Antonio Costa, o ex-dirigente do PSD defendeu que “chegou a hora de fazer o que é preciso” para evitar “um retorno a experiências tão dolorosas”. Em outras palavras, disse ele, “para escapar da cauda da Europa” é necessário “empreender as reformas das estruturas políticas, sociais e econômicas necessárias para construir uma história diferente daquela que aqui se desenha há anos”.