O ministro das Relações Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, disse na noite de segunda-feira que Portugal enviará cerca de 60 soldados a Moçambique nas próximas semanas após um ataque reivindicado pelo ISIS na cidade de Palma, no norte do país.
“Uma equipa de cerca de 60 soldados portugueses está a ser formada (…) para ser enviada nas próximas semanas para o terreno em Moçambique”, disse Santos Silva durante uma entrevista à televisão pública portuguesa
“Vai apoiar o exército moçambicano na formação de forças especiais”, disse.
O pequeno porto de Palma, no norte de Moçambique, caiu nas mãos de comandos jihadistas após um ataque na semana passada que foi reivindicado pelo ISIS na segunda-feira.
O ataque ocorreu a apenas 10 quilômetros de um projeto gigante de gás de bilhões de euros liderado pelo Grupo Total da França.
O ISIS também assumiu a responsabilidade pela morte de dezenas de soldados e “cristãos, incluindo cidadãos dos países cruzados”.
O governo moçambicano anunciou, no domingo, que o atentado de Palma matou dezenas de pessoas.
A Organização das Nações Unidas, que “condena veementemente os ataques”, expressou na segunda-feira sua “profunda preocupação com a situação que ainda se desenvolve em Palma”. Enquanto Washington disse estar “determinado” a ajudar o governo moçambicano, sem especificar como.
O primeiro-ministro português, António Costa, disse esta segunda-feira que o governo português está a acompanhar a situação em Moçambique “com grande preocupação desde o início, e continuamente através dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa”.
Moçambique, uma ex-colônia portuguesa, conquistou sua independência em 1975.