Mais de uma centena de membros da comunidade cubana no Canadá se reuniram no sábado à tarde em frente ao Parlamento em Ottawa para defender os direitos dos cubanos que vêm se manifestando há quase uma semana para exigir uma transição democrática em seu país.
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Manifestantes armados com bandeiras cubanas e faixas com os dizeres “Cuba Livre” ou “Cuba Distress” se reuniram antes de marchar pelas ruas da capital em defesa da democracia na nação-ilha, pedindo o fim do “regime comunista” e da “ditadura”.
Os presentes manifestaram o desejo de uma eleição geral em Cuba, acusando o atual regime, em particular o ex-presidente e irmão de Fidel Castro, Raúl Castro, de “prender o povo”.
“Não temos medo”, gritavam eles enquanto caminhavam pacificamente em direção à Sussex Road para finalmente chegar à área em torno da residência do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.
Também denunciaram o silêncio do líder liberal, acusando-o de não assumir uma posição oficial e de não propor medidas concretas desde o início da onda de manifestações em Cuba, há quase uma semana.
Trudeau falou na quinta-feira em uma entrevista coletiva, onde disse estar “profundamente preocupado” com a situação, e também condenou as prisões de manifestantes.
O clima ainda é tenso em Cuba
Milhares de apoiadores do governo cubano marcharam no sábado em resposta ao povo cubano que saiu às ruas do país há poucos dias para exigir a liberdade.
O presidente cubano Miguel Diaz-Canel participou do evento acompanhado de Raul Castro, que liderou a revolução com seu irmão em 1959 e está oficialmente aposentado desde abril.
Dezenas de feridos e mortos, bem como mais de uma centena de detenções, foram relatados em Cuba desde o início dos protestos que abalaram o país.
Com informações da Agence France-Presse