Um novo estudo realizado na África Subsaariana e publicado recentemente, revelou que o número de casos graves desta doença infecciosa em crianças pode ser reduzido em 70%, usando os métodos de tratamento existentes para combater a malária. Essa abordagem envolve a combinação de uma dose de reforço de uma vacina antimalárica antes da estação das chuvas, com medicamentos preventivos.
Essas descobertas “surpreendentes”, publicadas no New England Journal of Medicine, podem ser um divisor de águas na luta contra a malária – também conhecida como malária – que mata cerca de 400.000 pessoas por ano, a grande maioria das quais são crianças menores de idade de 5. ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A equipe de pesquisadores que conduziu o estudo queria testar o benefício de uma vacina de reforço contra a malária a cada ano, após uma série de três doses iniciais. O reforço é dado antes da estação das chuvas, quando o número de mosquitos – vetores da doença – é maior.
Os ensaios clínicos acompanharam mais de 6.000 crianças de 5 a 17 meses em Burkina Faso e Mali por três anos.
Eles foram divididos em três grupos: aqueles que receberam apenas o antimalárico, aqueles que receberam apenas a vacina e, por fim, aqueles que receberam ambos seguindo essa nova abordagem.
A combinação dos dois foi a mais eficaz: reduziu o número de casos em 63%, as hospitalizações em 71% e o número de mortes em 73%, em comparação com o tratamento preventivo isolado. A ordem de magnitude foi a mesma em comparação com a vacina sozinha, de acordo com o estudo.