Portugal proíbe chamadas de chefs depois do trabalho

Portugal proíbe chamadas de chefs depois do trabalho

Postado em 16 de novembro de 2021 às 7h15Atualizado em 16 de novembro de 2021 às 9h51

Evite que os gerentes se comuniquem com seus funcionários após o horário de trabalho. Esta é uma das novas regras introduzidas pela reforma laboral aprovada pela Assembleia da República. Esta proibição faz parte do contexto de um novo ambiente jurídico para regulamentar o trabalho remoto e garantir o direito à separação e ao respeito pela vida privada, mas agora se aplicará a todos os funcionários, estejam eles presenciais ou ausentes.

É uma das últimas leis do governo do socialista Antônio Costa, cujos dias estão contados após o fracasso do projeto de lei orçamentária de 2022 que não obteve maioria no Parlamento. A Lei do Trabalho Remoto conseguiu escapar pelas brechas da rede e foi aprovada na última hora com o apoio de pequenos partidos de esquerda, pouco antes da dissolução da Câmara anunciada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo. De Sousa, que fixou a data para a antecipação das eleições legislativas a 30 de janeiro de 2022.

Sem mais mensagens depois do trabalho

Não há mais mensagens depois do trabalho, então os legisladores decidiram. Exceto em casos de força maior, é proibido o contato com os colaboradores fora do horário de trabalho especificado, em nome do direito ao respeito à vida privada e aos períodos de descanso. Para evitar que a flexibilidade leve à intrusão permanente no espaço pessoal dos funcionários. A violação desta regra é considerada uma violação grave e pode resultar em multa de até € 9.600,00.

A Ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, durante intervenção durante as reuniões da Web Summit em Lisboa, afirmou que “o trabalho à distância tem grandes vantagens, desde que as desvantagens sejam bem controladas”, sublinhando que a pandemia precipitou a necessidade urgente do quadro de teletrabalho. Para proteger os funcionários.

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Igualdade entre funcionários presencial e remotamente

A nova lei prevê o direito de trabalhar à distância para os pais de filhos menores de oito anos, bem como a igualdade de direitos para os empregados, seja presencial ou remotamente, garantindo o mesmo nível de remuneração. Afirma que as empresas com mais de 10 empregados terão de arcar com parte das despesas relacionadas com o trabalho remoto, tais como contas de luz, ligação à Internet e manutenção dos equipamentos necessários à actividade desenvolvida.

O texto afirma que as empresas serão obrigadas a respeitar os tempos de descanso e dispensa de seus funcionários, mas também observa que os funcionários remotos devem manter contato direto com a empresa pelo menos a cada dois meses, a fim de evitar o isolamento e manter o ligação.

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