Hematomas na face, torso, sinais de contenção nos pulsos: Valery Polozenko, ucraniano de 42 anos, apresentou queixa-crime contra agentes do PSP em Vila de Conde por agressão, perseguição e xenofobia. O homem foi preso desde a noite de sábado até domingo na semana passada, quando estava ao volante de um carro com os faróis apagados.
Submetido a um teste de balão, que indica que o PSP cobrou uma taxa de criminalidade de 2,56 gramas por litro de sangue. O detido foi transferido para a esquadra de Beauvois de Varzim e, segundo a sua advogada, Alexandra Cruz, foi também para a GNR e PSP em Vila de Conde. Ao longo do caminho, os agentes o chamaram de “Ukra” e “O Palhaço” e disseram-lhe para ir “para seu país”. Ele também disse que foi empurrado e espancado, e seu celular foi removido, impedindo-o de entrar em contato com um advogado. E a direcção metropolitana do PSP do Porto já abriu inquérito para apurar os factos, segundo esta força que reportou ao Conselho de Ministros.
“O cidadão, ao ser informado de que seria preso sob a acusação de dirigir alcoolizado, tentou sair do quartel da polícia e respondeu com violência aos policiais, quando foi impedido de fazê-lo. (…) A polícia passou a prendê-lo. Contenção e algema E outras medidas decorrentes da prisão, o cidadão deixou a sede da polícia livremente.
O detido apresentou uma queixa ao PSP na segunda-feira por uso excessivo da força e apresentou uma queixa criminal.
O Ministro da Administração Interna ordenou a abertura de um processo de seguimento pelo Inspetor-Geral da Administração Interna para investigar o PSP que está investigando a denúncia de agressão a um cidadão ucraniano