O Ministério do Meio Ambiente do Equador informou neste domingo que representantes do aeroporto e do Parque Nacional de Galápagos descobriram em uma mala cerca de 185 amostras de tartarugas, dez delas mortas, que deveriam ser transportadas do arquipélago ao continente.
“No Aeroporto de Palatra #, 185 tartarugas foram vistas eclodindo em um saco que estava sendo transportado para o Equador continental”, disse o ministério no Twitter.
As Ilhas Galápagos estão localizadas a 1.000 quilômetros da costa equatoriana e apresentam flora e fauna únicas.
O ministério disse que esta descoberta ocorreu “durante uma inspeção de rotina” entre o aeroporto de Galápagos e Papua-Nova Guiné e que a polícia e os promotores “estão agindo”, sem dar mais detalhes.
“A idade das tartarugas não passa de três meses e seu casco é muito pequeno”, disse o aeroporto de Galápagos em um comunicado, o que torna difícil localizar essas tartarugas em seu local original, já que cada espécie difere de acordo com sua ilha original. .
Eles se embrulharam em sacos plásticos e dez deles não sobreviveram, de acordo com o comunicado.
O ministro do Meio Ambiente, Marcelo Mata, condenou em seu tweet “esses crimes contra os animais e o patrimônio natural dos equatorianos” e disse estar convicto de que esses fatos “serão punidos com todo o rigor estipulado na regulamentação aplicável”.
O comércio ilegal de animais selvagens é crime punível pela legislação equatoriana com pena de prisão de um a três anos.
O arquipélago, que serviu de laboratório natural para o cientista inglês Charles Darwin para sua teoria da evolução das espécies, leva o nome das tartarugas gigantes que ali vivem.
As tartarugas gigantes chegaram há três a quatro milhões de anos nesta região vulcânica do Oceano Pacífico.
Os cientistas acreditam que as correntes oceânicas dispersaram as tartarugas nas ilhas, resultando em 15 espécies diferentes – três das quais já estão oficialmente extintas – cada uma das quais se adaptou às suas terras.