Ontem, os legisladores portugueses aprovaram uma lei que autoriza a “morte medicamente assistida”. A exemplo do chefe do semanário Visão, alguns no país lamentam que essa votação, embora em grande parte previsível e positiva, tenha ocorrido no pior momento da pandemia do coronavírus.
Sem manchetes, muito menos manchetes sobre isso. A imprensa portuguesa saudou esta manhã com serenidade a decisão do parlamento de ontem de aprovar a legalização da eutanásia. Um tema, porém, tem sido objeto de intenso debate durante anos neste país católico, o quarto na Europa a permitir a morte medicamente assistida, depois da Holanda, Luxemburgo e Bélgica.
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Duas razões para isso: Em primeiro lugar, esperava-se uma votação amplamente positiva dos deputados (136 votos, 78 contra e 4 abstenções). O texto apresentado ontem é um resumo de cinco propostas de lei da eutanásia aprovadas há um ano. Mas, acima de tudo, esta votação foi realizada no contexto de uma emergência sanitária que mobilizou massivamente a mídia e os políticos durante um mês.
Pouco espaço de manobra para o presidente católico
“A aprovação da grande maioria dos deputados não deixa margem de manobra para Marcelo Rebelo de Sousa” Observe esta manhã Diário de Notícias. O presidente, que é católico devoto, tem uma semana para decidir se publica o texto, leva-o ao Tribunal Constitucional ou exerce o seu veto, obrigando o Parlamento a reapreciar o texto.
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“a festa
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